Peças e Jograis

Dia das Mães
A ORIGEM DO DIA DAS MÃES
Romeu Reis

Dentre as grandes datas recordativas de nobres vultos e feitos heróicos, uma a todas sobreleva, pelo seu
profundo significado: é o Dia das Mães.

Nesse dia, tão cheio de gratas evocações e doces reminiscências, a humanidade cristã põe de parte os
afazeres costumeiros, para tributar sincera oblação ao ente querido que nos deu o ser.

Muita justiça e mérito há nessa homenagem. Se a gratidão fenecesse de todo no coração humano, quão
árida e escabrosa não seria a senda do exibir! A abnegação materna desperta em nós o reconhecimento, o
respeito e nos leva a admirar o grande amor de Deus por nós, suas criaturas.
Bendita e luminosa idéia a daquela jovem que, com sua nobre iniciativa, nos legou o Dia das Mães!
Remontemo-nos, por alguns instantes, à origem dessa solenidade.

A jovem Ana Jarvis, de Filadélfia, Estados Unidos, sofrerá o rude golpe de perder a extremosa mãe e, ao
pensar na homenagem que iria tributar à memória de sua genitora, ocorreu--lhe o plano de consagrar um
dia às mães em geral. A idéia foi
logo esposada pelas igrejas e congregações religiosas, sendo mais tarde aceita pelo público. Um decreto do
Presidente Wilson, assinado em 1914, tornava feriado o segundo domingo de maio, Dia
das Mães,
tomando
daí por diante significação nacional.
Hoje, em todo o mundo cristão essa data é comemorada com afeto e carinho.
MINHA MÃE
R. G. Lintner

Você foi aquela cujo coração pulsou de amor por mim em primeiro lugar. Você foi quem me apresentou
a melhor companhia, o riso, o canto, ao adormecer, e o amor. Você dirigiu os meus primeiros passos. Você
me ajudava a levantar, quando caía, e me encorajou a pisar firme neste mundo de volubilidade e inclinações
más, o qual subitamente se ergueu para encontrar--me com toda a sua confusão e fadiga.
Você me enxugou as lágrimas, beijou o lugar onde sentia dor, acalmou-me nas horas de temor e
confortou-me em todas as minhas tristezas. Você me ensinou a cantar e a rir e a conhecer a bondade,
quando a via praticada.

Você me ensinou a ver tudo quanto de belo me rodeia — no beijo do orvalho, na rosa e no pinheiro
coberto de neve, no céu estrelado e na gloriosa sinfonia do entardecer e, se bem nunca o tenha imaginado,
nos seus olhos, onde a ternura brilha com esplendor eterno.. .

Você me ensinou a ver o arco-íris que temporariamente vem residir em nossas lágrimas. Você me
ensinou a ver as estrelas que brilham unicamente quando as noites da vida nos surpreendem. . .
Você me ensinou o significado da bondade e me ensinou também a ver como o amor transforma
pequeninas coisas em maravilhas jamais sonhadas, e aquilo que é comum, em realidades grandiosas, a
brilhar sem esmaecer através dos anos.. .

Você me ensinou a andar sem temor pelo caminho silencioso onde só se ouve a voz do espírito. Você me
ensinou a ver quão sublime é o resplendor da fé que repousa na religião verdadeira, pela qual o caminho
pode ser iluminado. E era muito pequenino ainda quando você me mostrou a sublimidade de um rosto
voltado para Deus. ..

Você me ensinou a orar e me inspirou de tal modo que pude elevar o meu olhar, tirando-o da terra e
erguendo-o até o céu. Você me ajudou a descobrir o que é mais precioso do que a argila, a terra e o ouro, que
só neste mundo tem valor, e valor relativo. . .

Você me dotou de tal modo que jamais poderei retribuir-lhe, a não ser que eu também consiga acender
luzinhas poderosas nos espíritos em trevas, devido às desilusões e às derrotas, e a ajudar os necessitados e
aflitos e os que vivem em solidão, partilhando desta bondade que você me concedeu.
VOCÊ É MINHA MÃE!
(Da Revista de Senhoras e Moças Batistas )

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